
O musical Codinome Daniel, que narra a trajetória do jornalista, escritor e ativista Herbert Daniel (1946-1992), volta ao palco em São Paulo entre 6 e 22 de janeiro de 2026. A remontagem inaugura as comemorações de duas décadas do Núcleo Experimental, companhia responsável pela criação e pela produção do espetáculo.
As sessões ocorrerão às terças, quartas e quintas, sempre às 20h, na sede do grupo, localizada na Rua Barra Funda, 637, bairro da Barra Funda. Após cada apresentação haverá um bate-papo com a equipe artística. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e podem ser adquiridos pela plataforma Sympla. O espaço é acessível para cadeirantes e a classificação indicativa é de 12 anos.
Escrito e dirigido por Zé Henrique de Paula, com músicas de Fernanda Maia, Codinome Daniel resgata episódios pouco divulgados da vida de Herbert Daniel. Militante da luta armada contra a ditadura, ele enfrentou não apenas a repressão estatal, mas também a homofobia presente em setores da própria esquerda. Exilado em Portugal e na França, contraiu HIV, foi o último combatente político a receber anistia e, de volta ao Brasil, tornou-se referência na defesa dos direitos de pessoas vivendo com HIV/Aids.
Daniel também participou da fundação do grupo Pela Vidda, ajudou a criar o Partido Verde e atuou em pautas ambientais, feministas, antirracistas e LGBTQIAPN+. A encenação transforma esses recortes históricos em dramaturgia musical que dialoga com a pesquisa do Núcleo Experimental sobre o teatro musical brasileiro e temas de relevância social.
O elenco reúne Davi Tápias, Luciana Ramanzini, Fabiano Augusto, Robson Lima, Bruna Guerin, Cleomácio Inácio, Renato Caetano e Fábio Enriquez. Segundo a companhia, a remontagem reafirma o compromisso de manter viva a memória de figuras que desafiaram o autoritarismo e estimularam debates sobre direitos humanos no país.

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