Noites mal dormidas elevam risco de pressão alta e de AVC

Mulher com expressão de preocupação na cama, com um despertador ao lado, ilustrando os riscos de noites mal dormidas, pressão alta e AVC.
Foto: Banco de imagem

Dormir bem é peça central na manutenção da saúde cardiovascular. Estudos apontam que períodos curtos ou irregulares de sono estimulam a produção de cortisol e adrenalina, hormônios associados ao estresse. Essa resposta mantém os vasos sanguíneos contraídos, o que sustenta a pressão arterial em níveis elevados mesmo durante o repouso.

A hipertensão arterial é diagnosticada quando a pressão se mantém acima de 140 x 90 mmHg de forma persistente. Nessa condição, o coração precisa bombear com mais força, acelerando o desgaste das artérias e ampliando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Como o sono influencia a pressão

Na fase profunda do sono ocorre uma redução natural da pressão arterial e da frequência cardíaca. Esse relaxamento temporário, descrito pelos especialistas como regulação do tônus vascular, contribui para que o organismo controle os níveis de pressão ao longo do dia. Quando o descanso é insuficiente, esse mecanismo falha e a pressão permanece alta, sobrecarregando o sistema cardiovascular.

Distúrbios que afetam coração e vasos

Quatro problemas noturnos concentram a atenção dos cardiologistas:

  • Insônia – dificuldade crônica para iniciar ou manter o sono;
  • Apneia do sono – pausas respiratórias seguidas de queda de oxigênio e microdespertares;
  • Síndrome das pernas inquietas – movimentos involuntários que fragmentam o repouso;
  • Privação de sono – dormir menos de seis horas por noite com frequência.

A apneia, por exemplo, provoca variações repetidas de oxigênio que aumentam o risco de arritmias. Já a privação de sono prolonga o estado de alerta, mantendo a pressão alta mesmo em pessoas sob tratamento medicamentoso.

Consequências para coração e cérebro

Pressão elevada constante danifica o endotélio vascular, facilitando a formação de placas de gordura ou coágulos. O resultado pode ser um infarto agudo do miocárdio ou um AVC. No tipo isquêmico, um coágulo obstrui a circulação cerebral; no hemorrágico, o rompimento de um vaso causa sangramento intracraniano. Dormir pouco está relacionado ao aumento de ambos os eventos.

Hábitos que protegem o sono e a pressão

Especialistas recomendam:

  • Estabelecer horários fixos para deitar e levantar;
  • Reduzir cafeína, bebidas energéticas e álcool à noite;
  • Evitar telas luminosas antes de dormir;
  • Praticar atividade física fora do período noturno;
  • Manter o quarto silencioso, escuro e em temperatura confortável;
  • Buscar avaliação médica diante de ronco alto, pausas respiratórias ou sonolência diurna.

“O sono adequado é parte do tratamento da pressão alta, não apenas um complemento”, destaca o cardiologista Leonardo Jorge Cordeiro de Paula. Para ele, controlar colesterol, glicemia, peso e evitar tabaco completa a estratégia de prevenção.

Ao priorizar uma rotina de sono regular, o indivíduo reduz significativamente a sobrecarga do coração e minimiza a possibilidade de eventos cardiovasculares graves.

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