
A Academia Brasileira de Cinema definiu, nesta segunda-feira (15), que o longa-metragem O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, disputará uma vaga no Oscar 2026 na categoria Melhor Filme Internacional.
Ambientada em 1977, durante a ditadura militar, a produção acompanha Marcelo, um professor de tecnologia interpretado por Wagner Moura que tenta retomar a vida no Recife, mas acaba envolvido em um intricado cenário de espionagem e desconfiança política.
Embora ainda não tenha estreado nos cinemas nacionais, o filme já foi reconhecido em importantes festivais. Em Cannes, conquistou o prêmio de Melhor Diretor para Mendonça Filho e de Melhor Ator para Moura, reforçando a projeção internacional da obra.
A escolha pela Academia Brasileira de Cinema é o primeiro passo do processo de seleção do Oscar. Cada país submete um título para análise da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que posteriormente anuncia a lista oficial de indicados. A cerimônia de entrega das estatuetas está marcada para 15 de março de 2026.
A votação nacional envolveu outros seis pré-selecionados: Baby, de Marcelo Caetano; Kasa Branca, de Luciano Vidigal; Manas, de Marianna Brennand; O Último Azul, de Gabriel Mascaro; e Oeste Outra Vez, de Erico Rassi.
Se avançar à etapa final, O Agente Secreto pode repetir o feito alcançado por Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que em 2025 rendeu ao Brasil o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional.
Com roteiro assinado por Mendonça Filho e produção independente, o longa reforça a presença do cinema brasileiro em premiações de alcance global e deve ganhar data de estreia nas salas do país nos próximos meses.
Agora, a equipe concentra esforços na campanha de divulgação junto aos membros da Academia americana, etapa considerada decisiva para garantir espaço entre os concorrentes finais.
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