OMS nega relação entre paracetamol, vacinas e casos de autismo

Imagem com uma foto do ex-presidente Donald Trump e um pacote de Tylenol 750mg, medicamento à base de paracetamol, em destaque ao lado. A imagem faz referência à desinformação sobre possíveis ligações entre paracetamol, vacinas e autismo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira, 23 de setembro de 2025, que não há evidências científicas que vinculem o uso de paracetamol ou a aplicação de vacinas ao desenvolvimento de autismo.

A declaração foi feita em Genebra pelo porta-voz da entidade, Tarik Jasarevic, em resposta à sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que esses produtos poderiam estar associados ao transtorno do espectro autista. “Os estudos disponíveis chegam a resultados contraditórios; portanto, não existe comprovação”, afirmou Jasarevic. Ele acrescentou que, no caso das vacinas, a literatura científica é clara ao descartar qualquer relação causal com o autismo.

Estudos observacionais publicados ao longo dos últimos anos chegaram a apontar uma possível ligação entre o analgésico — também conhecido como acetaminofeno — e alterações no desenvolvimento neurológico. No entanto, outras pesquisas não confirmaram o achado, deixando o conjunto de dados inconsistente. A OMS destacou que, nessas circunstâncias, não é possível estabelecer relação de causa e efeito.

No debate sobre imunização, a organização reiterou que as vacinas continuam sendo ferramentas essenciais para a saúde pública e que os benefícios superam em larga escala eventuais riscos. Para a agência, campanhas de vacinação devem prosseguir normalmente, seguindo o calendário recomendado por autoridades sanitárias de cada país.

Conforme a OMS, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social e comunicação, manifestando-se geralmente nos primeiros anos de vida. A entidade reforçou que, até o momento, fatores genéticos e ambientais ainda são objeto de investigação, mas não há base científica que implique paracetamol ou vacinas na origem do transtorno.

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