
Uma ação conjunta da Polícia Militar e do Ministério Público de São Paulo desarticulou, na manhã desta quinta-feira (25), um grupo suspeito de vender combustíveis adulterados, explorar jogos de azar e lavar dinheiro por meio de uma fintech. Batizada de Operação Spare, a ofensiva é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, realizada em agosto, que já havia atingido postos de serviço associados a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o inquérito apontou que máquinas de cartão recolhidas em casas de apostas clandestinas, em Santos, estavam conectadas a postos de combustíveis. O cruzamento de dados demonstrou que parte dos valores das transações era desviada para uma instituição de pagamento, mecanismo utilizado para encobrir a origem ilícita dos recursos.
As investigações também revelaram vínculos da organização criminosa com empresas do ramo hoteleiro, outros postos de combustíveis e entidades de pagamento que mantinham contabilidade paralela. A prática dificultava o rastreamento do capital e permitia a expansão do esquema de lavagem de dinheiro.
Ao todo, 110 policiais militares do Comando de Choque e de unidades especializadas cumpriram mandados judiciais em vários endereços. A operação contou ainda com auditores da Receita Federal, integrantes da Procuradoria-Geral do Estado e servidores da Secretaria da Fazenda.
Os materiais apreendidos, incluindo documentos contábeis, computadores e novas máquinas de cartão, serão encaminhados para perícia. O Ministério Público informou que os investigados podem responder por associação criminosa, prática de jogos de azar, adulteração de combustíveis e crimes financeiros.
A Operação Spare segue em curso para identificar outros participantes e dimensionar o total de prejuízos causados pela venda de combustíveis adulterados e pela lavagem de ativos.
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