Polícia Federal captura condenado por bomba no aeroporto de Brasília

Polícia Federal captura condenado por bomba no aeroporto de Brasília, homem sentado em sala, cercado de objetos por investigação.
Foto: Reprodução

A Polícia Federal informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que prendeu na noite desta quarta-feira (9) o empresário George Washington de Oliveira Souza, condenado pelo atentado com explosivos no Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

Sousa era considerado foragido desde junho, quando Moraes determinou sua prisão cautelar. Segundo a PF, um delegado localizou o condenado na rua, no Guará, região administrativa do Distrito Federal, por volta das 20h30. Ele foi conduzido à 1ª Delegacia de Polícia Civil, na Asa Sul, para os procedimentos de captura.

Em março de 2023, a Justiça do Distrito Federal impôs ao empresário pena de nove anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de explosão, incêndio e posse ilegal de arma de fogo. Embora estivesse em regime semiaberto, Moraes revogou o benefício ao concluir que a tentativa de explosão se conecta aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Além da condenação na esfera estadual, Sousa e outros dois envolvidos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República ao STF por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Ao justificar a ordem de prisão, o ministro registrou que “os meios eleitos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva” e afirmou a necessidade de resguardar a ordem pública.

De acordo com a investigação, Sousa viajou do Pará a Brasília para participar de manifestações em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro. No acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, uniu-se a Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza na preparação do artefato explosivo.

O grupo pretendia provocar grande comoção social e, segundo o inquérito, estimular uma intervenção militar. Inicialmente, cogitaram atacar instalações elétricas; na última hora optaram por instalar a bomba em um caminhão-tanque de querosene estacionado próximo ao terminal aéreo. O dispositivo falhou e não chegou a detonar, mas gerou alerta máximo na segurança do aeroporto.

Sousa foi preso em flagrante no dia do atentado e, posteriormente, liberado para o regime semiaberto antes de tornar-se foragido. Com a nova detenção, ele deverá aguardar o julgamento dos recursos restantes em regime fechado. A defesa do empresário ainda não se pronunciou.

O episódio foi citado por Moraes no julgamento que apura a responsabilidade do ex-presidente Bolsonaro por suposto golpe de Estado, como exemplo de ações extremistas atribuídas a seus apoiadores.

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