
A Polícia Militar de São Paulo, por meio do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público paulista desarticularam, na manhã desta sexta-feira (29), um plano do PCC para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, lotado em Campinas.
Três mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas. Durante a operação, os agentes detiveram Maurício Silveira Zambaldi e José Ricardo Ramos, empresários dos ramos de comércio de veículos e transporte. Um terceiro suspeito, apontado como integrante da liderança da facção, permanece foragido e pode estar na Bolívia.
A investigação começou há meses, no contexto da Operação Linha Vermelha, que apura crimes atribuídos ao Primeiro Comando da Capital, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O Ministério Público identificou indícios de que o grupo financiava a compra de veículos e armamentos para montar uma emboscada contra o promotor.
Segundo o Gaeco, os presos também teriam contratado operadores para executar o ataque. O caso foi registrado na 1ª Seccional de Polícia de Campinas, e diligências continuam para localizar outros envolvidos.
Em nota, a Procuradoria-Geral de Justiça manifestou solidariedade ao promotor e reforçou a continuidade do trabalho contra o crime organizado. “Este membro do Gaeco seguirá firme em sua missão, defendendo a ordem jurídica”, afirma o texto. Ainda de acordo com o órgão, “destemor é a marca dos promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo, que não recuarão um centímetro no cumprimento de suas atribuições”.
O Ministério Público e a Polícia Militar ressaltam que novas ações podem ocorrer nos próximos dias para aprofundar a coleta de provas e evitar retaliações da facção.
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