Pontinhos e clarões podem indicar descolamento de retina; saiba agir

Mulher apresentando sintomas de descolamento de retina, como pontinhos e clarões nos olhos, é importante procurar atendimento oftalmológico urgente.

O aparecimento súbito de pontinhos pretos flutuantes ou de clarões de luz no campo de visão pode ser o primeiro sinal de um descolamento de retina, uma das emergências mais graves da oftalmologia. A condição ocorre quando a retina – tecido responsável por transformar luz em impulsos nervosos – se desprende da parede interna do olho, interrompendo o fornecimento de oxigênio e nutrientes às células visuais.

Reconheça os sintomas de alerta

Especialistas orientam que qualquer aumento repentino de manchas escuras, flashes luminosos na periferia dos olhos ou a impressão de uma sombra que desce como uma cortina exige atendimento imediato. Esses sinais podem indicar um rasgo inicial, etapa que antecede o descolamento completo. “Cada hora conta para preservar a visão”, explica a oftalmologista Tayuane Ferreira Pinto.

Fatores de risco

O descolamento mais comum surge quando o gel vítreo se desloca e puxa a retina, formando um rasgo. O risco cresce após os 50 anos, especialmente em pessoas com miopia alta, histórico familiar, cirurgias oculares anteriores, traumas ou doenças que fragilizam o tecido retiniano. Há ainda casos provocados pelo acúmulo de líquido sob a retina ou pela tração de membranas associadas a inflamações, problemas vasculares ou complicações do diabetes.

Diagnóstico rápido é decisivo

O exame de mapeamento de retina confirma a extensão do desprendimento e define a estratégia terapêutica. Quanto mais cedo o diagnóstico é estabelecido, maiores são as chances de manter a visão. Adiar a consulta pode resultar em recuperação parcial ou na perda permanente do olho afetado.

Opções de tratamento

Rasgos recentes, ainda sem separação extensa, podem ser selados com laser ou crioterapia, técnicas que criam cicatrizes para impedir o avanço do líquido sob a retina. Nos casos em que o descolamento já ocorreu, a cirurgia é indispensável. Entre os métodos mais utilizados estão:

  • Vitrectomia: remoção do vítreo e reposicionamento da retina;
  • Uso de gás ou óleo de silicone: substâncias que mantêm o tecido no lugar durante a cicatrização;
  • Implante escleral: faixa de silicone aplicada externamente para empurrar a parede ocular em direção à retina.

Graças aos avanços cirúrgicos, a taxa de sucesso aumentou nas últimas décadas, sobretudo quando o atendimento ocorre nas primeiras 24 a 48 horas após o surgimento dos sintomas. “A intervenção rápida costuma garantir resultados visuais muito melhores”, observa a médica.

Acompanhamento preventivo

Após o tratamento, o paciente deve realizar consultas periódicas, já que o outro olho pode apresentar risco semelhante. Pessoas com miopia elevada, familiares com histórico da doença ou portadores de diabetes devem manter vigilância contínua. Identificar precocemente pontinhos pretos persistentes, clarões ou sombras é a principal medida para evitar complicações irreversíveis.

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