Prefeitura SP alerta Interpol após roubo de obras em biblioteca

A Prefeitura de São Paulo comunicou à Interpol, ainda na manhã de domingo (7), o roubo de obras de arte ocorrido na Biblioteca Mário de Andrade, no centro da capital. O objetivo é impedir que as peças sejam levadas para fora do país.

No ofício enviado ao organismo internacional de polícia, a administração municipal incluiu fotografias e descrições detalhadas dos itens furtados. Entre eles estão oito gravuras da série Jazz, de Henri Matisse, e cinco da série Menino de Engenho, de Candido Portinari. As obras integravam a mostra “Do Livro ao Museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, cujo encerramento estava previsto justamente para o dia do crime.

De acordo com a Polícia Civil, dois homens entraram no edifício durante o período de visitação, renderam uma vigilante e um casal de visitantes, colocaram as gravuras em uma sacola de lona e deixaram o prédio pela saída principal. A fuga foi feita em um veículo já identificado pelos investigadores.

Um suspeito de participar do roubo de obras de arte foi reconhecido a partir de imagens de câmeras de segurança. Equipes da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio realizam buscas para localizar o homem e recuperar as peças.

Além do alerta à Interpol, a prefeitura encaminhou às autoridades federais documentação complementar que descreve as características físicas e o valor cultural das gravuras, medida considerada essencial para acionar sistemas de controle alfandegário e galerias internacionais.

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram na biblioteca para coletar impressões digitais e analisar registros de vídeo. A administração municipal informou que revisará protocolos de segurança do equipamento cultural e das demais instituições sob sua gestão.

A exposição reunia obras pertencentes ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e à própria Biblioteca Mário de Andrade. Segundo curadores, todas as gravuras roubadas estavam seguradas, mas o contrato cobre apenas danos materiais, não a perda de valor histórico.

As autoridades pedem que qualquer informação sobre o paradeiro das peças seja repassada aos canais da Polícia Civil. A investigação prossegue sem prazo divulgado para conclusão.

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