Prêmio Escolas Sustentáveis premia ações que mudam o seu entorno

A 3ª edição do Prêmio Escolas Sustentáveis divulgou na quarta-feira (17), em São Paulo, os projetos brasileiros vencedores que avançam da sala de aula para a resolução de problemas reais nas comunidades onde as escolas estão inseridas.

Na categoria que contempla educação infantil e ensino fundamental, a Creche Municipal Magdalena Arce Daou, de Manaus (AM), foi reconhecida pelo projeto IncluARTE – SustentART. Idealizada pela professora Maria Raquel Santos, a iniciativa nasceu para apoiar famílias de crianças com deficiência e, ao mesmo tempo, estimular práticas de sustentabilidade. Mães e alunos construíram terrários representando “micromundos” pessoais; em seguida, criaram um jardim sensorial dentro da creche. O trabalho ganhou novo impulso após um incêndio que devastou a mata ciliar vizinha: comunidade, docentes e órgãos municipais plantaram mudas nativas, montaram um pomar e transformaram tampinhas de garrafa retiradas de um igarapé poluído em obras de arte. Segundo a professora, “foram mais de 5 mil pessoas envolvidas” e o modelo já se replica em outras seis creches da capital amazonense.

Entre os estudantes dos anos finais e da Educação de Jovens e Adultos, o prêmio foi para o AquaTerraAlert, desenvolvido pelo 6º ano da Escola Estadual Brasil, em Limeira (SP). Coordenados pela professora Nayra Rafaela Vida, os alunos analisaram dados sobre enchentes e deslizamentos, leram reportagens, viram vídeos e, a partir daí, construíram um protótipo de sistema de alerta com sensores de LED e ultrassom. Quando o nível da água atinge a faixa amarela, o equipamento emite sinal e envia mensagem de texto; na faixa vermelha, indica evacuação imediata. Os cartazes explicativos e a apresentação do dispositivo envolveram pais, colegas e professores. A Defesa Civil local demonstrou interesse em expandir o monitoramento para outros pontos de risco na cidade.

O prêmio é organizado pela Fundação Santillana, pelo grupo Santillana e pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). “Esse portfólio de iniciativas inovadoras inspira outras escolas da América Latina”, afirmou Luciano Monteiro, diretor executivo da Fundação Santillana no Brasil. Para Rodrigo Rossi, diretor da OEI, a premiação já se consolida como uma das mais representativas da região em prol de uma educação comprometida com a sustentabilidade.

Além de valor em dinheiro, as escolas campeãs disputarão a final internacional em 21 de outubro, no Rio de Janeiro, com ganhadores de etapas no México e na Colômbia. Ao todo, dez projetos chegaram à fase nacional.

Com iniciativas que unem sustentabilidade, inclusão e participação popular, o Prêmio Escolas Sustentáveis reforça o papel da educação ambiental como ferramenta de transformação social e de construção de soluções locais para desafios como poluição, risco de enchentes e preservação de áreas degradadas.

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