O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, mostrou estabilidade em todas as estimativas do mercado financeiro para 2025. A projeção de inflação medida pelo IPCA permaneceu em 4,83%, mesma taxa indicada na semana anterior.
Para os anos seguintes, o relatório também não trouxe alterações: 4,29% para 2026 e 3,90% para 2027. Os cálculos chegam após o país registrar deflação de 0,11% em agosto, primeira variação negativa do índice desde agosto de 2024, segundo o IBGE. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a queda foi de 0,21%.
No campo da atividade econômica, a previsão para o Produto Interno Bruto segue em crescimento de 2,16% em 2025. As estimativas continuam em 1,80% para 2026 e 1,90% para 2027, repetindo os percentuais de quatro semanas atrás.
Quanto à política monetária, o Focus manteve, pela 13ª semana consecutiva, a taxa básica de juros projetada em 15% ao ano para 2025, igual ao patamar fixado pelo Comitê de Política Monetária. O Copom justifica a taxa elevada pela “incerteza do ambiente externo” e pelo fato de a inflação ainda se encontrar acima do objetivo oficial. Para 2026 e 2027, o cenário de juros permanece em 12,25% e 10,50%, respectivamente.
Na avaliação do comitê, “o contexto internacional exige cautela dos países emergentes, especialmente diante das tensões geopolíticas e da política econômica dos Estados Unidos”. Mesmo assim, o colegiado reconhece sinais de moderação na atividade interna.
No câmbio, a estimativa para o dólar ao fim de 2025 ficou em R$ 5,50, repetindo a aposta da semana passada. Para 2026 e 2027, a previsão segue em R$ 5,60. Na sessão mais recente, a moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 5,32.
O conjunto de projeções do Boletim Focus é resultado de consultas a mais de 100 instituições financeiras e serve de referência para empresas e governo acompanharem a tendência de variáveis macroeconômicas como crescimento, inflação, juros e câmbio.
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