
Pro Bono, novo K-drama jurídico disponível na Netflix, abriu a temporada com dois capítulos que combinam humor, crítica social e reviravoltas processuais. Os episódios apresentam o juiz Park Da-Wit, figura popular e midiática, cujo prestígio desmorona após ser envolvido em um esquema de propina.
Até então cotado para uma vaga na Suprema Corte, Da-Wit cultivava uma imagem rigorosa contra a corrupção. Esse plano fracassa quando ele reencontra um homem que se apresenta como Kim Ju-Seop, suposto colega de escola. O encontro termina com uma maleta de dinheiro no porta-malas do magistrado e a divulgação de vídeos que sugerem suborno. O verdadeiro Ju-Seop, porém, morreu anos antes, o que coloca o juiz no centro de um golpe difícil de refutar.
Sem apoio do tribunal — e após levar um tapa do superior imediato — Da-Wit perde o cargo. A única proposta que recebe vem de Oh Jung-In, antiga conhecida, que o encaminha para o escritório do pai. O protagonista imagina um posto confortável, mas descobre que trabalhará numa equipe pro bono, dedicada a causas negligenciadas e sem remuneração.
Primeiro caso: a guarda do cachorro Byeol
No segundo episódio, já inserido no novo setor, Da-Wit precisa decidir se aceitará defender um casal idoso que luta pela guarda de Byeol, um cachorro adotado após ter sido abandonado. A antiga tutora reaparece exigindo o animal de volta, alegando que se chama Chloe.
Inicialmente constrangido em lidar com a disputa — o cão circula pelo escritório lambendo seu terno — o ex-juiz muda de postura ao saber que Byeol ajudou o casal a superar a morte da neta Ha-Byeol. A conexão emocional torna o processo mais complexo do que parecia.
O impasse se intensifica quando uma testemunha afirma ter visto a empregada do casal lançar o colar do animal no rio. Questionada, ela admite o ato e revela que o acessório possuía um dispositivo de choque usado para impedir latidos, apontando para abuso. A credibilidade da testemunha cai, pois ela também roubou dinheiro da residência onde trabalhava.
Mesmo assim, Da-Wit explora seu conhecimento sobre bastidores jurídicos. Ao descobrir que a depoente é filha de um vereador influente, ameaça expor publicamente o caso de maus-tratos, o que levaria a consequências políticas. Pressionada, a família retira a apelação. A confirmação final ocorre no tribunal: traumatizada, Chloe não emitia sons, enquanto Byeol, diante da juíza, solta um latido alto, evidenciando que pertence ao casal idoso.
Gancho para o próximo capítulo
O episódio termina com Jung-In, observando de dentro do carro, murmurando: “Faz tempo, Yoo Jae-Beom.” O nome pertence ao homem que se fez passar por Ju-Seop, o que indica participação dela no complô ou um elo ainda obscuro. A sequência sugere uma conspiração maior por trás da derrubada do ex-magistrado e mantém o mistério para os próximos capítulos de Pro Bono Netflix.
Com essa estreia, a produção sul-coreana alia casos inusitados à trajetória de um protagonista obrigado a reconstruir a própria identidade profissional, enquanto tenta descobrir quem o tirou dos tribunais — e por quê.

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