Spotify é processado por omitir supostos streams falsos de Drake

Imagem mostra logo do Spotify na tela de um laptop, com fone de ouvido na frente, indicando a polêmica sobre o processamento de streams falsos de Drake.

O Spotify virou alvo de uma ação judicial coletiva nos Estados Unidos sob acusação de não coibir redes de streams falsos que teriam inflado artificialmente a audiência de artistas populares, entre eles o canadense Drake. O processo foi protocolado no domingo, 2 de novembro, em um tribunal federal por RBX, rapper e primo de Snoop Dogg, que afirma existir um esquema de bots capaz de prejudicar músicos independentes.

De acordo com a petição, análises de dados indicam que “bilhões” de reproduções fraudulentas estão vinculadas ao catálogo de Drake, considerado o artista mais escutado da história da plataforma. A prática, sustenta a ação, teria rendido “milhões de dólares” em royalties ao cantor, ao mesmo tempo em que o Spotify se beneficiaria ao exibir um número de usuários ativos maior do que o real.

“Esse streaming fraudulento em larga escala causa enorme prejuízo financeiro a artistas legítimos, compositores, produtores e demais detentores de direitos”, argumenta o documento.

A plataforma sueca é o único réu citado; Drake não é formalmente acusado de má conduta. Segundo os autores, a estrutura de remuneração do serviço — que distribui valores a partir de um fundo central abastecido por assinaturas e publicidade — amplia os danos: quando grandes nomes recebem reproduções infladas, a fatia destinada aos artistas menores encolhe.

Procurado, um porta-voz do Spotify declarou que a empresa “não comenta processos em andamento”, mas negou ter qualquer ganho com práticas fraudulentas. “Investimos fortemente em sistemas de última geração, em constante aprimoramento, para proteger os pagamentos aos artistas, com medidas como eliminação de reproduções falsas, retenção de royalties e imposição de sanções”, afirmou.

A ação judicial contra o Spotify pede indenizações e a adoção de mecanismos mais rígidos para detectar e bloquear bots. O tribunal ainda não definiu prazos para as próximas etapas do processo.

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