
A Polícia Militar do Rio de Janeiro alcançou a marca de 500 fuzis apreendidos desde 1º de janeiro de 2025, resultado de operações nos batalhões de Irajá, Ilha do Governador e Bangu, que cobrem zonas norte e oeste da capital fluminense. O dado reforça a apreensão de fuzis como uma das principais frentes do combate ao crime organizado no estado.
Em comparação, 2024 terminou com 732 armas desse tipo retiradas de circulação. “Precisamos de uma atuação mais firme do governo federal para impedir a entrada de armamentos em território fluminense”, afirmou o governador Cláudio Castro, ao comentar o balanço parcial deste ano.
Durante as últimas ações, policiais militares também confiscaram seis armas de uso restrito que estavam em poder de grupos ligados às principais facções criminosas. Levantamento da Subsecretaria de Inteligência (SSI) indica mudança no perfil do arsenal: em 2025, grande parte dos fuzis apreendidos é montada em fábricas clandestinas operadas pelo crime organizado, enquanto até o ano passado mais de 90% vinham do exterior.
Os maiores volumes de apreensão concentram-se em áreas de disputa entre facções rivais, como os Complexos do Chapadão e da Pedreira, além do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. Nessas regiões, o conflito territorial eleva a demanda por armamento pesado e intensifica a resposta policial.
Para o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo Nogueira, cada fuzil recolhido tem impacto direto na segurança pública. “Cada arma retirada representa vidas preservadas e comunidades mais seguras”, disse o oficial, destacando a importância de ações integradas e estratégicas para reduzir o poder bélico das quadrilhas.
A corporação atribui os resultados ao investimento em tecnologia, ao trabalho de inteligência e ao planejamento prévio das missões. A participação da população, por meio do telefone de emergência 190 e do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, é considerada fundamental para direcionar as equipes e ampliar a apreensão de fuzis em pontos críticos.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar segue monitorando rotas de entrada de armamentos e intensificando operações nos locais de maior incidência, com o objetivo de superar o número do ano anterior e enfraquecer a capacidade ofensiva das facções que atuam no Rio de Janeiro.
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