
O deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil) foi liberado da Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, às 19h10 desta terça-feira (9) depois de ter uma tornozeleira eletrônica instalada, informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
A saída do parlamentar ocorreu poucas horas depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expedir mandado de soltura. A decisão atendeu à deliberação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que revogou a prisão preventiva do presidente da Casa.
O despacho do STF impôs várias medidas cautelares. Além da monitoração eletrônica, Bacellar deve cumprir recolhimento domiciliar, permanece afastado da presidência da Alerj, está proibido de manter contato com outros investigados, terá de entregar seus passaportes e não pode portar armas. O descumprimento de quaisquer dessas condições poderá resultar no restabelecimento da prisão.
Bacellar foi detido em 20 de novembro durante a Operação Unha e Carne, da Polícia Federal, que apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun. Essa segunda investigação levou à prisão do também deputado estadual TH Joias, em setembro, suspeito de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.
Com a colocação da tornozeleira, o monitoramento do dispositivo ficará sob responsabilidade da Seap, que deverá comunicar qualquer violação ao STF. Enquanto persistir o afastamento, a presidência da Alerj continua a cargo do deputado em exercício mais antigo na linha de sucessão.
Até o momento, a defesa de Rodrigo Bacellar se limitou a confirmar o cumprimento das medidas impostas. O Ministério Público Federal não se pronunciou sobre eventual recurso.

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