
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou por unanimidade, na noite de quarta-feira (5), o projeto de lei do Executivo que reconhece a obra do cartunista Maurício de Sousa como patrimônio cultural imaterial da capital paulista. O reconhecimento oficial chega poucos dias após o artista, criador da Turma da Mônica, completar 90 anos.
De acordo com o texto aprovado em votação simbólica, a produção do paulista de Santa Isabel se tornou, ao longo de mais de seis décadas, “elemento representativo da memória cultural da população”, influenciando gerações e difundindo valores educativos, sociais e inclusivos. A Mauricio de Sousa Produções, instalada na cidade desde 1960, foi citada como agente de contribuição permanente para o desenvolvimento cultural e econômico do município.
A proposta destaca ainda a relação direta do autor com São Paulo, inspiração para cenários e personagens que compõem a extensa obra iniciada nos anos 1960. Morador da capital, Maurício retratou bairros, pontos turísticos e hábitos locais em histórias em quadrinhos que alcançaram leitores de todo o país.
Em nota, a Prefeitura afirmou que a medida “consolida o reconhecimento institucional da obra de Maurício de Sousa como patrimônio coletivo, reafirmando o papel das artes gráficas e da narrativa popular na formação cultural da cidade e do país”. O comunicado acrescenta que o ato valoriza a cultura voltada à infância, à leitura e à criatividade.
Durante a sessão, vereadores elogiaram a carreira do quadrinista. “Maurício formou leitores e despertou o interesse pela literatura infantil”, declarou um dos parlamentares. Outro lembrou que “seus personagens promovem inclusão e respeito à diversidade”.
Além da ação legislativa, o cartunista foi homenageado recentemente pela TV Brasil, que dedicou edição especial do programa Caminhos da Reportagem à trajetória e ao legado da Turma da Mônica.

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