
A sede do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF) foi alvo de invasão e vandalismo na madrugada desta sexta-feira, 14 de novembro. De acordo com o presidente da entidade, José Teodoro Mendes, os autores do crime arrombaram portas e vitrines, levando parte do acervo que reúne moedas raras, comendas e peças relacionadas à inauguração de Brasília e à trajetória de pioneiros, entre eles o presidente Juscelino Kubitschek.
Entre os itens furtados está o teodolito usado pelo engenheiro Joffre Mozart Parada, instrumento que serviu para calcular as coordenadas da então capital em construção. Mendes classifica a perda como “significativa para a memória da cidade” e destaca que o material roubado tem valor histórico inestimável.
Fundado há 62 anos por iniciativa de JK, o IHGDF é uma instituição privada que depende de doações para manter suas atividades e o sistema de vigilância. “Ultrapassamos a penúria e chegamos à insegurança. Estamos muito vulneráveis”, afirmou o dirigente, ao comentar as dificuldades financeiras que agravam a exposição do patrimônio a furtos.
Além de preservar documentos e objetos históricos, o instituto recebe anualmente cerca de 6 mil estudantes do ensino fundamental e médio, oferecendo atividades educativas e cursos de formação para professores. Segundo a diretoria, o furto compromete o trabalho de difusão cultural desenvolvido pela entidade.

Um boletim de ocorrência foi registrado e, até o momento, não há informações sobre a recuperação das peças. Questionada, a Polícia Militar não se manifestou sobre eventual reforço de policiamento no setor onde funciona o IHGDF, localizado na área central de Brasília.
O instituto avalia alternativas para melhorar a segurança do prédio e do acervo, enquanto aguarda o avanço das investigações.

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