
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de casamentos vem diminuindo de forma contínua no país. Em 2021, foram formalizadas 1.076.280 uniões; em 2022, o total recuou para 970.041; e, em 2023, somou 940.799 – queda de 3% na comparação anual. O estudo também indica que a duração média dos matrimônios está menor. Enquanto em 2010 os casamentos duravam cerca de 16 anos, entre 2022 e 2024 a média é de 13 anos e 8 meses.
Diante desse cenário, confira alguns fatores que podem contribuir para a longevidade de um relacionamento. A especialista identifica seis aspectos que, segundo ela, funcionam como referências para avaliar e fortalecer tanto casamentos quanto namoros.
1. Compatibilidade psicológica
A liberdade para compartilhar sentimentos e pensamentos é apontada como fundamental. Quando um dos parceiros sente que precisa ocultar emoções ou se defender constantemente, a aproximação diminui e o vínculo se enfraquece. A possibilidade de expressão aberta cria ambiente de confiança e facilita o enfrentamento de dificuldades cotidianas.
2. Capacidade de conviver a dois
A convivência exige adaptação de hábitos e decisões. Ao deixar a vida de solteiro, o indivíduo passa a considerar o impacto de cada escolha sobre o parceiro. Planejar rotinas, definir prioridades e entender as necessidades mútuas são práticas que sustentam a harmonia doméstica. Perguntas simples sobre preferências de afeto ou formas de oferecer segurança ajudam a alinhar expectativas.
3. Graus de consenso
Não é necessário que o casal compartilhe todas as opiniões, mas um nível mínimo de convergência favorece decisões conjuntas. Objetivos compatíveis reduzem conflitos persistentes e evitam desgastes cumulativos. Quando cada parte segue direções opostas em temas fundamentais, o relacionamento tende a enfrentar impasses que dificultam a continuidade.
4. Atração e vida sexual
A manutenção do desejo e da intimidade física permanece relevante ao longo dos anos. Embora outros elementos ganhem peso com o tempo, a sexualidade segue como componente importante do vínculo. Ajustar expectativas e dialogar sobre preferências sexuais permite que o casal preserve a proximidade e evite afastamentos.
Imagem: Banco de Imagens
5. Ciclos de vida, pressões e frustrações externas
Cada parceiro vivencia contextos pessoais distintos, como desafios no trabalho, responsabilidades familiares e metas individuais. Reconhecer essas pressões externas e oferecer apoio mútuo fortalece o sentimento de parceria. Criar um ambiente no qual ambos encontrem acolhimento serve de “porto seguro” frente às exigências externas.
6. Vantagens de permanecer juntos
Pessoas tendem a manter relações nas quais percebem benefícios tangíveis e emocionais. A segurança proporcionada pela parceria, o suporte diante de adversidades e a construção de patrimônio ou projetos comuns estão entre os ganhos apontados. Quando ambos enxergam valor na união, a motivação para enfrentar desafios aumenta.
Esses seis fatores funcionam como guias de observação, não como receita única. A aplicação prática depende do empenho diário de cada casal, que pode reforçar aspectos fortes e desenvolver os que ainda carecem de atenção. A disposição para cuidar da relação, aliada à paciência mútua, aparece como elemento transversal a todos os demais pontos.
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