
O setor de serviços registrou alta de 0,3% de junho para julho, alcançando o sexto avanço mensal consecutivo e consolidando o maior nível da série histórica iniciada em 2011, informou nesta sexta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre fevereiro e julho, o segmento acumulou crescimento de 2,4%, a sequência positiva mais longa desde o período de oito meses encerrado em setembro de 2022. Na comparação com julho de 2024, a expansão chegou a 2,8%, enquanto o resultado em 12 meses ficou em 2,9%.
Desempenho por atividades
Três dos cinco grupos pesquisados ajudaram a sustentar a alta mensal:
- informação e comunicação: +1,0%;
- serviços profissionais, administrativos e complementares: +0,4%;
- serviços prestados às famílias, que englobam turismo, restaurantes e salões de beleza: +0,3%.
Já transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio recuaram 0,6%, e “outros serviços” tiveram queda de 0,2%.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, “as atividades de tecnologia da informação avançaram 1,2%, e telecomunicações, 0,7%, refletindo a digitalização acelerada após a pandemia”.
Resultados regionais
Doze unidades da federação apresentaram melhora de junho para julho, com destaque para São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).
Comparação com indústria e comércio
Enquanto os serviços — maior empregador do país — seguem em trajetória de expansão, o IBGE apontou retração de 0,2% na produção industrial e de 0,3% no volume de vendas do comércio varejista em julho. Ainda assim, no acumulado de 12 meses, a indústria cresce 1,9% e o comércio, 2,5%.
Lobo observa que, diferentemente de setores mais afetados por juros elevados, “plataformas on-line, delivery e demais serviços digitais sustentam a receita das empresas, mantendo o ritmo de crescimento”.
A Pesquisa Mensal de Serviços é divulgada desde 2012 e acompanha o desempenho de atividades responsáveis por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Metodologia: a variação mensal considera dados dessazonalizados. As informações podem ser revisadas pelo IBGE em divulgações posteriores.
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