
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira (17) que as críticas à organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para Belém, decorrem de uma “síndrome de vira-lata”. A declaração foi dada durante o programa Bom Dia, Ministro, veiculado por emissoras de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Sabino, todas as obras preparatórias foram concluídas dentro do cronograma e o valor das hospedagens caiu após negociação com o setor hoteleiro. “Tudo deve funcionar lá fora, tudo é bom lá fora. Quando é aqui dentro, a gente tem que ficar criticando e encontrando defeito”, declarou.
O ministro ressaltou que esta será a primeira conferência climática promovida no entorno de uma grande floresta tropical. Ele frisou que Belém, situada na entrada da Amazônia, apresenta condições específicas como alta umidade, temperaturas elevadas e ainda baixo nível de desenvolvimento socioeconômico. Para Sabino, esses elementos tornam a COP30 “melhor que as anteriores”, pois colocam em debate o desafio de conciliar preservação e oportunidades de renda para populações amazônicas.
“Pela primeira vez, a gente está fazendo uma COP numa grande floresta tropical”, disse, reforçando que manter a floresta em pé exige levar progresso financeiro, intelectual e político aos moradores da região.
A realização da conferência no Pará foi confirmada pela Organização das Nações Unidas em 2023. O evento deve reunir representantes de quase 200 países, organizações da sociedade civil e especialistas em clima para discutir metas de redução de emissões e financiamento a projetos de conservação. A previsão é que a COP30 ocorra em novembro de 2025, período de maior atenção internacional às políticas ambientais brasileiras.

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