Casa Branca retira sobretaxa sobre celulose e ferro-níquel brasileiros exportados aos EUA

Fábrica de produção de celulose e ferro-níquel no Brasil com grande volume de materiais metálicos sendo processados
Foto: Banco de imagem

Uma nova ordem executiva dos Estados Unidos, a de número 14.346, publicada em 5 de setembro, isentou a maior parte das vendas brasileiras de celulose e de ferro-níquel do pagamento de tarifas adicionais no mercado norte-americano.

Os dois produtos estavam sujeitos a uma alíquota extra de 10%, anunciada em abril, e a uma sobretaxa de 40%, em vigor desde 30 de julho. Com a exclusão, nenhuma das duas incidências será aplicada às remessas brasileiras desses itens.

De janeiro a agosto de 2024, o Brasil embarcou para os EUA cerca de US$ 1,84 bilhão em celulose e ferro-níquel, o equivalente a 4,6% de tudo o que o país vendeu ao mercado norte-americano no período. A celulose responde pela maior parcela, com US$ 1,55 bilhão, principalmente em pastas químicas de madeira conífera e não conífera.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o benefício ampliou para 25,1% a fatia das exportações brasileiras aos Estados Unidos que não sofrerá a sobretaxa de 40% nem a tarifa complementar de 10%.

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que a medida representa avanço para o segmento de celulose. “Seguimos empenhados em reduzir a incidência de tarifas norte-americanas sobre os produtos brasileiros”, afirmou.

Dados consolidados pelo ministério em 11 de setembro mostram que, dentro dos US$ 40 bihões exportados aos EUA em 2024, 34,9% (US$ 14,1 bihões) continuam submetidos ao conjunto das tarifas de 10% e 40%; 16,7% (US$ 6,8 bihões) pagam somente a alíquota de 10%; 25,1% (US$ 10,1 bihões) estão livres de ambos os acréscimos; e 23,3% (US$ 9,4 bihões) enfrentam tarifas específicas aplicadas a todos os países.

O governo brasileiro informou que manterá as negociações para ampliar a lista de mercadorias desoneradas, em especial nas cadeias de mineração, siderurgia e produtos florestais.

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