O Spotify informou na última segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, que encerrou contas vinculadas ao grupo de hackers Annas Archives, responsável por extrair, por meio de scraping, 86 milhões de arquivos de áudio e metadados referentes a 256 milhões de faixas do serviço de streaming.
Em publicação própria, o coletivo declarou que a ação buscava criar um “arquivo de conservação” aberto, alegando ter obtido mais de 99,6% das reproduções disponíveis na plataforma e 99,9% de todos os metadados. Caso divulgado publicamente, o material poderia ser usado para montar um acervo musical gratuito, cenário que costuma enfrentar ações judiciais de titulares de direitos autorais.
A empresa destacou que a suposta violação não comprometeu dados de usuários. “Identificamos e desativamos contas de usuários maliciosos envolvidos em scraping ilegal”, afirmou o Spotify em nota. A companhia também comunicou a adoção de novas barreiras técnicas para coibir extrações automatizadas e disse monitorar continuamente atividades consideradas suspeitas.
O grupo Annas Archives é conhecido por iniciativas que visam disponibilizar grandes coleções de conteúdo digital sem cobrança. No caso atual, foram coletados tanto os arquivos de áudio quanto informações como nome de artista, álbum, compositor e data de lançamento, itens essenciais para sistemas de recomendação e pesquisa.
Além de reforçar a segurança, o Spotify reiterou o posicionamento histórico contra a pirataria. “Desde o primeiro dia, apoiamos a comunidade artística no combate à pirataria e trabalhamos com parceiros do setor para proteger os criadores e defender seus direitos”, acrescentou a plataforma.
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