
O Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos nesta sexta-feira (19). Em cerimônia alusiva ao aniversário, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o modelo brasileiro se consolidou como um dos maiores sistemas públicos do mundo e “a principal conquista social do país”.
Ao destacar a trajetória do SUS desde 1988, Padilha lembrou que, antes da criação do sistema, o atendimento público era restrito a quem contribuía para a Previdência Social. “Hoje, o acesso é universal, equitativo e integral, com gestão descentralizada e participação social”, declarou.
Entre os serviços apontados pelo Ministério da Saúde estão a produção e a distribuição de vacinas em todas as unidades básicas de saúde, transplantes de órgãos, hemodiálise, tratamento oncológico, reabilitação e a atuação de agentes comunitários. Há também atendimento direcionado a populações em situação de rua, comunidades indígenas, quilombolas, áreas rurais e ribeirinhas, além da rede de apoio psicossocial e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O ministro mencionou ainda bancos de leite, doação de sangue, oferta de medicamentos — inclusive os de alto custo — e cuidados para pessoas com doenças raras ou em situação paliativa. Segundo ele, esses serviços reforçam o princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde.
Padilha reconheceu que o tempo de espera para consultas, exames, diagnósticos e cirurgias eletivas é um desafio histórico do SUS e foi agravado pela pandemia de covid-19. Para enfrentar o problema, o governo lançou o programa Agora Tem Especialistas, voltado a áreas como oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Ao longo de três décadas e meia, o SUS tornou-se referência internacional em imunização em massa, atenção básica e transplantes, bem como no modelo de financiamento tripartite que envolve União, estados e municípios. A permanência dessas características, segundo o Ministério da Saúde, é essencial para garantir a universalidade do atendimento a mais de 200 milhões de brasileiros.
Com 35 anos, o Sistema Único de Saúde segue responsável por políticas de prevenção, promoção e recuperação da saúde, e, de acordo com Padilha, “continua sendo a espinha dorsal da proteção social no Brasil”.

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