
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 17, que “tarifas” são sua palavra favorita e reiterou que a aplicação de taxas de importação é peça central para reverter “décadas de exploração” da economia norte-americana por outros países. O discurso, transmitido pela Casa Branca, marcou o balanço do primeiro ano de seu segundo mandato.
De acordo com o presidente, as tarifas comerciais estimulam empresas a transferir fábricas para o território norte-americano, já que a produção local não sofre incidência de taxas. “As empresas sabem que, se construírem na América, não pagam tarifas, e é por isso que estão voltando”, declarou.
Trump também voltou a criticar as seguradoras de saúde. Ele defendeu que recursos federais sejam repassados diretamente aos cidadãos, permitindo a compra individual de planos e, segundo ele, ampliando o acesso enquanto reduz custos.
Na área farmacêutica, o republicano disse ter negociado pessoalmente com laboratórios e governos estrangeiros para baratear medicamentos. Segundo Trump, alguns preços caíram até 61%, embora não tenha especificado os produtos nem a abrangência das reduções. “Pela primeira vez, os preços dos medicamentos vão cair, e cair muito”, afirmou.
Além da agenda econômica, o governo mobilizou meios militares adicionais para o Caribe, em ação descrita pelo Pentágono como o maior poder ofensivo já deslocado para a região. O objetivo é aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro. A operação, porém, não indica planos de invasão terrestre; em ações anteriores — Granada (1983), Panamá (1989) e Haiti (1994) — os Estados Unidos empregaram mais soldados, mas com menor poder bélico.

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