A Universidade de São Paulo (USP) manteve a primeira colocação no Latin America University Rankings, divulgado em 3 de dezembro pela consultoria britânica Times Higher Education (THE). O estudo, que avalia anualmente o desempenho acadêmico na região, reafirma a posição de destaque do Brasil, responsável por sete das dez instituições mais bem classificadas.
Depois da USP, a lista traz a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em segundo lugar. Na quarta posição aparecem empatadas a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ocupam, respectivamente, o sexto, oitavo e décimo postos.
O levantamento examinou 223 universidades distribuídas por 16 países latino-americanos. O Brasil concentrou o maior número de participantes, com 81 instituições, seguido por Colômbia (39) e Chile (31). De acordo com a THE, os mesmos critérios aplicados ao ranking mundial são usados na versão regional, porém ajustados para refletir características locais.
Entre os 16 indicadores analisados, cinco grandes áreas recebem atenção especial: ensino (ambiente de aprendizagem), pesquisa (volume, receita e reputação), qualidade da pesquisa (força, excelência e influência), perspectiva internacional (corpo docente, estudantes e colaborações) e indústria (receita obtida com transferência de conhecimento e patentes).
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, atribui o resultado a uma estratégia de modernização acadêmica. “Revimos currículos, implantamos um novo modelo de pós-graduação e criamos centros interdisciplinares voltados a temas como Amazônia sustentável, inteligência artificial e agricultura tropical”, ressaltou.
Além de investir em pesquisa, a universidade paulista tem buscado parcerias internacionais. Segundo Carlotti Junior, a criação de centros globais nos campi “projeta a USP como polo de ciência e inovação”. Essas iniciativas, afirma, ajudam a ampliar a visibilidade dos estudos desenvolvidos no país e a atrair talentos estrangeiros.
O Times Higher Education é reconhecido como um dos sistemas de classificação universitária mais influentes do mundo. Desde 2016, a entidade publica recortes regionais para medir o desempenho de instituições em contextos específicos. A edição 2025 reforça o protagonismo brasileiro no cenário acadêmico latino-americano e destaca a USP como referência em ensino, pesquisa e interação com a indústria.
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