Uma apresentação de recepção aos calouros da Amherst College, em Massachusetts (EUA), tornou-se alvo de controvérsia após a divulgação de um vídeo que mostra estudantes simulando sexo oral, penetração e emitindo gemidos no palco da Johnson Chapel, espaço que também abriga cultos religiosos e formaturas.
As imagens, publicadas pelo site Washington Free Beacon, exibem veteranos e novos alunos participando da encenação, acompanhada por confetes feitos de preservativos. O espetáculo integra o programa anual “Voices of Amherst”, financiado pela própria instituição e inspirado em trechos de redações de admissão dos ingressantes.
Após a repercussão, a universidade defendeu o conteúdo do evento. Em nota, a diretora Amanda Vann afirmou que iniciativas desse tipo “incentivam conversas sobre temas que por vezes são difíceis de abordar, como saúde sexual”. De acordo com a gestora, ao tratar o assunto de forma “acessível e envolvente”, a peça ajuda os estudantes a desenvolver habilidades voltadas ao cuidado pessoal e ao respeito mútuo.
A Amherst College acrescentou que a proposta da encenação é promover o respeito sexual no campus, alinhando-se às diretrizes institucionais de criação de um ambiente acadêmico saudável e inclusivo. Segundo a administração, o espetáculo ocorre todos os anos durante a semana de orientação e conta com recursos da universidade justamente para garantir que a discussão seja conduzida em espaço supervisionado.
O material audiovisual gerou reações divergentes. Enquanto parte dos alunos destaca a importância de abordar consentimento e prevenção em linguagem direta, grupos externos criticam o teor explícito da apresentação e questionam o uso da capela como palco. O debate ganhou projeção nacional quando o vídeo passou a circular em redes sociais e plataformas de compartilhamento.
Até o momento, a instituição não sinalizou alterações no formato do “Voices of Amherst”. Em comunicado adicional, a direção reiterou que continuará “avaliando periodicamente a recepção do programa” para garantir que as metas de educação sexual e bem-estar da comunidade sejam atendidas.
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