
A 15ª edição da Virada Sustentável será realizada de 17 a 21 de setembro em diversos pontos da capital paulista, com entrada gratuita. O festival, considerado o maior da América Latina dedicado ao tema, chega ao aniversário de 15 anos em meio aos preparativos para a COP30, marcada para novembro em Belém.
A programação reúne instalações artísticas, exposições, oficinas, shows, sessões de cinema e o Fórum Virada Sustentável. No Centro Cultural São Paulo (CCSP), o público encontrará a mostra fotográfica de Araquém Alcântara, um dos pioneiros da fotografia de natureza no país, além de apresentação da cantora Mariana Aydar e exibição do filme “A Melhor Mãe do Mundo”, de Anna Muylaert.
O fórum de debates, organizado em parceria com a Organização das Nações Unidas no Brasil, contará com nomes de referência. Estão confirmadas participações de Maria Beatriz Nogueira, chefe do Acnur no país; Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul; e Kamila Camilo, fundadora do Instituto Oya. Os painéis abordarão cidades, ambiente, sociedade e economia.
Entre as atrações visuais, serão instaladas obras de Lixomania e Oxil, reconhecidos na arte urbana, e a instalação Insalubre, de SpParis, que critica o ciclo da fast fashion. Em paralelo, peças que marcaram edições anteriores formarão um “museu temporário da sustentabilidade”.
Na Casa das Rosas, na Avenida Paulista, o festival promove feira de brechós, exposições e música, além da roda de conversa “Raízes da Resistência”, com participação de Txai Suruí e outras lideranças indígenas. A temática indígena também ocupa o vão livre do MASP, com performances da etnia Fulni-ô.
A Aldeia Pindomirim, na Terra Indígena Jaraguá, sediará a exposição “Ruínas da Floresta”, do fotojornalista Rafael Vilela, vencedora do POY-Latam 2025, apresentada pela primeira vez em São Paulo após temporada em Londres.
Na ciclovia às margens do Rio Pinheiros, a escultura inflável “Capivaras”, de quatro metros de altura, criada por Eduardo Baum, chama atenção para a importância desses animais no equilíbrio ambiental. Já na Rua Jaceguai, 930, um mural de 195,5 m² assinado pelo artista Mundano homenageia catadores de recicláveis; as tintas foram produzidas com cinzas de floresta queimada no Pará e argilas de várias regiões do estado.
Atividades espalham-se ainda por CEUs, unidades do Sesc, UBSs e parques da cidade. Com 55 edições realizadas em diferentes municípios desde 2010, a Virada Sustentável segue para o Rio de Janeiro entre 16 e 19 de outubro, mantendo o compromisso de disseminar práticas socioambientais.
A grade completa pode ser consultada no site oficial do festival.
Faça um comentário