
Profissionais do setor vitivinícola já podem se credenciar para a Wine South America 2026, que ocorrerá de 12 a 14 de maio, em Bento Gonçalves (RS). O formulário de inscrição está disponível desde 1º de dezembro no site oficial do evento.
Reconhecida como uma das maiores plataformas de negócios do vinho nas Américas, a feira chega à próxima edição em meio à acelerada expansão do mercado de vinhos no Brasil. Em 2025, a WSA reuniu mais de 7 mil compradores, movimentou cerca de R$ 100 milhões e registrou aumento de 20 % no número de marcas expositoras.
Para 2026, a organização espera novo salto internacional com a estreia da Nova Zelândia entre os países expositores. Portugal, Itália, Espanha, Grécia e os tradicionais representantes da América do Sul também ampliarão suas áreas na feira. No âmbito doméstico, a meta é superar as 200 vinícolas brasileiras que participaram na edição passada.
“A cada edição fortalecemos o ambiente de negócios e ampliamos o alcance global da feira”, afirma Marcos Milanez, diretor da WSA. Voltado exclusivamente ao público B2B, o evento recebe varejistas, distribuidores, supermercados, importadores, exportadores, e-commerce, sommeliers e demais compradores especializados.
Tendências mapeadas para o mercado em 2026
Realizada no primeiro semestre, a Wine South America permite que negociações sejam fechadas a tempo de abastecer o inverno – período de elevado consumo de vinhos no país. O cenário favorável inclui um consumo interno crescente: o Brasil responde por 64 % das importações de vinhos na América Latina, apresentou alta de 7,9 % em 2024 e soma expansão de 12 % em valor até agosto de 2025.
Curador de conteúdo da feira e especialista do setor, Diego Bertolini destaca cinco movimentos que devem ganhar força:
1. Vinhos sem álcool: o percentual de brasileiros que não consomem bebidas alcoólicas subiu de 55 % para 64 % entre 2023 e 2025, impulsionado pelos jovens de 18 a 34 anos.
2. Espumantes em alta: a categoria mantém crescimento de dois dígitos, com o espumante brasileiro ganhando protagonismo pela relação qualidade–preço e pela adaptação ao clima tropical.
3. Enoturismo fortalecido: visitas a vinícolas se consolidam como estratégia comercial, com investimentos em hospitalidade e experiências instagramáveis.
4. Ascensão dos vinhos brancos: participação da categoria passou de 20 % em 2020 para 26 % em 2024, impulsionada pelo perfil leve e fresco.
5. Expansão do canal especializado e digital: wine bars, lojas independentes e comércio on-line, que já responde por cerca de 20 % das vendas, ganham espaço no abastecimento de pequenos e médios produtores.
Segundo Bertolini, “a feira reúne, em um único local, conteúdo atual e oportunidades de ampliar portfólio, o que se torna imprescindível em um mercado cada vez mais dinâmico”.
Com credenciamento aberto, a Wine South America 2026 pretende confirmar a condição do Brasil como polo regional de negócios do vinho e reforçar a tendência de crescimento dos espumantes na preferência do consumidor.

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