Operação no RJ desarticula rede de tráfico e resgata 700 animais

Operação no RJ desarticula rede de tráfico e resgata 700 animais com várias pessoas analisando gaiolas de animais apreendidos.
Foto: © Carlos Magno e PCERJ

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deflagraram, na manhã desta terça-feira (16), a Operação São Francisco, voltada ao combate ao tráfico de animais silvestres no Rio de Janeiro. A ação resulta de um ano de investigações que apontaram a existência da maior organização criminosa do estado dedicada a esse tipo de crime, com ramificações em São Paulo e Minas Gerais.

Até o momento, 45 pessoas foram presas e cerca de 700 animais foram resgatados. Ao todo, 270 mandados de busca e apreensão são cumpridos na capital, na região metropolitana, na Baixada Fluminense, na Região Serrana e na Região dos Lagos. Mais de mil policiais civis participam da operação.

O inquérito identificou 145 suspeitos de envolvimento com o esquema. Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava há décadas, vendendo animais em feiras clandestinas e também traficando armas e munições. “As investigações mostraram que a organização criminosa funciona de maneira armada e estruturada, com núcleos específicos, inclusive de caçadores”, afirmou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

Conforme a DPMA, um dos núcleos era responsável por caçar, dopar e comercializar macacos retirados de áreas como o Parque Nacional da Tijuca e o Horto Florestal. Outro setor falsificava anilhas, selos, chips e documentos para disfarçar a origem ilícita dos animais. Também havia um grupo encarregado de fornecer armamentos, além de atravessadores responsáveis pelo transporte em condições precárias até os centros urbanos.

As investigações revelam ainda relações entre os traficantes de fauna e facções do tráfico de drogas, que garantiam a realização de feiras clandestinas em comunidades. “Esses criminosos sequestravam animais de seus habitats naturais e os transportavam de forma cruel para posterior venda”, acrescentou Curi.

Os animais resgatados foram levados inicialmente para a Cidade da Polícia, onde recebem atendimento veterinário e perícia criminal. Depois, seguirão para centros de triagem, com previsão de reintrodução na natureza.

Além do prejuízo à biodiversidade, a Polícia Civil ressalta que o tráfico de fauna favorece a propagação de zoonoses e o desequilíbrio ambiental, reforçando a relevância das ações de fiscalização permanente.

A Operação São Francisco segue em andamento para localizar outros envolvidos e apreender novos lotes de animais.

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