Coleções de Arte do Palácio dos Bandeirantes reúne objetos variados no prédio da Fiesp e do Sesi-SP

Logo na entrada dá para sentir o cheiro da madeira. E o clima de outros tempos, mas de um jeito muito bom. Aberta nesta terça-feira (13/12),  na Galeria de Arte do Sesi-SP, no prédio da Fiesp e do Sesi-SP na Avenida Paulista, a exposição Tesouros Paulistas – Coleções de Arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo surpreende e enche os olhos. Formada por quadros, esculturas, móveis, altares, louças e objetos diversos, a mostra ajuda a matar a curiosidade que tanta gente tem em torno da vida num ambiente envolvido em charme e mistério como um palácio.

São arcas de madeira do século 18, altares coloridos, bancos coloniais que não cabem na sala da maioria dos brasileiros, mas que fazem sonhar com um tempo em que cabiam (ou com uma fazenda para chamar de sua em que ainda caibam). Uma viagem ao passado.

Móveis de madeira na exposição: cheiros e lembranças de outros tempos. Foto: Everton Amaro/Fiesp

A mesma sensação tem quem observa os aparelhos de jantar e as louças dispostos pelo espaço. E atire o primeiro torrão de açúcar quem disser que não se imagina tomando uma xícara e relaxando com o serviço de chá do século 19 que veio do Porto, em Portugal.

Falando nisso, uma mesa posta e que recebe projeções de imagens no meio do espaço, logo após a entrada, faz a festa principalmente das crianças, que se divertem vendo cenas dos palácios paulistas sendo exibidas.

A tela mais importante

Há artistas para todos os gostos entre os autores dos quadros e esculturas da exposição. Alguns deles: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Alfredo Volpi, Aldemir Martins, Tomie Ohtake, Cícero Dias, José Cláudio da Silva, Victor Brecheret e Antonio Francisco de Lisboa, o Aleijadinho.

Um nome nesse time brilha de forma particular: Tarsila do Amaral. A tela Operários, pintada por ela em 1933, é considerada pela própria a mais importante com a sua assinatura. E exatamente por isso ocupa lugar de destaque na mostra, numa parede exclusiva, para que todos possam parar para ver com calma, como se deve.

A obra foi pintada depois que Tarsila voltou de uma viagem à antiga União Soviética, em 1931, após ter contato com a arte proletária feita ali.

Operários: tela era considerada por Tarsila do Amaral a sua obra mais importante. Foto: Everton Amaro/Fiesp

Outro quadro da artista que chama a atenção é Religião Brasileira I, de 1927, feito após uma viagem para a Europa. Ao descer no Porto de Santos, ela entrou na casa de um pescador e se encantou com um altar feito com flores e santos. Assim, o quadro é uma releitura delicada, ao melhor estilo Tarsila, daquilo que viu.

Paisagem amazônica

Também atrai muitos olhares a série de pinturas do pernambucano José Cláudio da Silva, que fez 100 quadros durante uma expedição científica ao Amazonas liderada por Paulo Vanzolini em 1975. Para quem não sabe, o autor de Ronda e Volta por cima também era zoólogo.

Os trabalhos de Silva, aliás, foram os que mais chamaram a atenção da artista plástica Ruana Negri na exposição. “São lindos, coloridos”, disse. “E a disposição deles na parede ficou muito interessante”.

Ao seu lado, o músico Fernando Lira gostou da oportunidade de ver quadros e objetos raros num mesmo espaço. “Ficou tudo muito bonito”, afirmou.

Esculturas e quadros dos mais variados artistas na Galeria de Arte do Sesi-SP. Foto: Everton Amaro/Fiesp

Não muito longe dali, o engenheiro Macário Gomes de Campos Neto elogiava as pinturas e o mobiliário em exposição. “A mostra ficou ótima, como sempre acontece com os eventos oferecidos aqui no Centro Cultural Fiesp”, disse. “Adorei ver Operários”.

Serviço

Tesouros Paulistas – Coleções de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

Período: de 13 de dezembro de 2016 a 28 de fevereiro de 2017
Horário: diariamente, das 10h às 20h (com entrada até 19h40)
Local: Galeria de Arte SESI-SP (Av. Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)
Classificação indicativa: Livre
Grátis. 
Mais informações em www.sesisp.org.br/cultura.

Sobre o Acervo de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

O acervo de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo reúne peças que acompanham a história dos edifícios, desde a primeira sede de governo, no Pateo do Collegio (1765 a 1932), aos palácios dos Campos Elíseos (1911 a 1965), do Horto (1949 a 2012), dos Bandeirantes e Boa Vista (ambos desde 1964).

Via Agência Indusnet Fiesp

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